Indiana Jones and the Great Circle review: Ótimo filme, bom jogo

Alguns jogos licenciados desafiam todas as expectativas, e Indiana Jones and the Great Circle é um desses casos. Apesar de suas falhas técnicas evidentes, especialmente no Xbox Series S, ele captura a essência da franquia de maneira tão envolvente que é difícil não se apaixonar. Mas será que ele entrega uma experiência completa, ou as falhas pesam mais do que deveriam? Vamos explorar!

Um filme jogável com o charme de Indiana Jones

O jogo, desenvolvido pela MachineGames, traz uma história ambientada em 1937, entre os eventos de Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada. A narrativa nos leva a locais icônicos como Roma, Giza, Himalaia e Tailândia, enquanto o intrépido Dr. Jones tenta impedir que uma poderosa magia antiga caia em mãos erradas.

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Logo de cara, Indiana Jones and the Great Circle se destaca por sua fidelidade ao universo dos filmes. A dublagem é um espetáculo à parte: Troy Baker entrega uma performance impecável, trazendo a essência de Harrison Ford em cada fala. Além disso, Alessandra Mastronardi, no papel da companheira Gina, adiciona uma dose de carisma e mistério, enquanto o vilão Emmerich Voss, interpretado por Marios Gavrilis, oferece uma presença assustadoramente convincente.

Visual deslumbrante ou decepcionante?

Se por um lado a narrativa e o tom do jogo são impecáveis, por outro, os visuais oscilam bastante. Enquanto algumas cenas impressionam pela riqueza de detalhes e pela iluminação cinematográfica, outras parecem ter saído de um jogo da era do Xbox 360. Essa inconsistência é especialmente notável no Xbox Series S, onde problemas de resolução e glitches frequentes quebram a imersão.

Isso faz com que Indiana Jones and the Great Circle pareça ter sido feito por dois estúdios diferentes: um que domina a arte de criar cenários deslumbrantes e outro que luta para entregar gráficos compatíveis com a geração atual. Ainda assim, imagina-se que jogar no Xbox Series X ou no PC ofereça uma experiência mais estável e visualmente impressionante.

Combate divertido, mas com limitações

Indiana Jones and the Great Circle
Imagem: MachineGames

As mecânicas de combate de Indiana Jones and the Great Circle são, no mínimo, curiosas. Indy pode usar seu icônico chicote para atordoar inimigos, criar distância ou puxá-los para um soco bem-dado. Há também armas como pás, garrafas e até castiçais que podem ser usadas em combate corpo a corpo. No entanto, as lutas principais contra chefes deixam a desejar, com animações travadas e uma falta de feedback claro sobre o dano causado.

Por outro lado, o elemento furtivo do jogo é surpreendentemente bem executado. Esconder-se nas sombras, distrair guardas com objetos e traçar rotas estratégicas são experiências satisfatórias e muitas vezes preferíveis ao combate direto.

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Puzzles e exploração: o coração de Indiana Jones and the Great Circle

Os puzzles são outro destaque de Indiana Jones and the Great Circle. Embora não sejam inovadores, são criativos o suficiente para manter o jogador engajado. Desde quebra-cabeças de reflexo de luz até desafios de lógica espacial, eles oferecem recompensas gratificantes e ajudam a criar uma sensação de descoberta constante.

A exploração, porém, é o grande ponto forte. Escalar montanhas, balançar com o chicote e vasculhar cada canto em busca de segredos são atividades que capturam perfeitamente o espírito aventureiro de Indiana Jones. O jogo recompensa a curiosidade com missões secundárias e itens únicos, incentivando o jogador a revisitar áreas já exploradas.

Vale a pena jogar The Great Circle?

No final das contas, Indiana Jones and the Great Circle é uma homenagem apaixonada a um dos maiores ícones do cinema. Apesar de seus problemas técnicos e inconsistências visuais, a história envolvente, os personagens carismáticos e o charme inconfundível de Indiana Jones fazem dele uma experiência memorável para fãs da franquia.

Se você está disposto a relevar os bugs e aproveitar uma narrativa digna de Spielberg e Lucas, este jogo é para você. Apenas esteja preparado para rir (às vezes de nervoso) com algumas das falhas mais bizarras que um jogo pode oferecer.

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