8 reboots que FRACASSARAM nos games

Em uma era repleta de remakes e reboots, alguns jogos tentaram modernizar suas franquias mas acabaram falhando espetacularmente. Os reboots de videogames têm como objetivo revitalizar franquias, trazendo novos elementos e atualizações para atrair tanto novos jogadores quanto fãs de longa data. No entanto, nem sempre essas tentativas são bem-sucedidas.

Vamos listar aqui alguns jogos que foram tentativas de reboot, mas que se mostraram aquém do esperado.

DmC: Devil May Cry

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Lançado em 2013, DmC: Devil May Cry tentou dar um novo visual e tom à série Devil May Cry, conhecida por sua ação intensa e estilizada. Apesar de receber elogios pela jogabilidade fluída, o jogo enfrentou críticas por seu redesign dos personagens e uma narrativa que não ressoou com a base de fãs tradicionais.

Essas mudanças alienaram muitos dos fãs antigos sem conseguir atrair uma base de novos jogadores suficientemente grande para justificar a direção tomada.

Golden Axe: Beast Rider

Imagem: Sega

Golden Axe: Beast Rider, lançado em 2008, é outro exemplo de reboot que não atingiu as expectativas. Tentando modernizar a clássica série de arcade, o jogo focou em uma abordagem mais sombria e violenta, com elementos de hack and slash em 3D.

No entanto, ele sofreu de gameplay repetitivo, controles problemáticos e uma falta de elementos que tornaram a série original tão amada, como o modo cooperativo, resultando em um jogo que parecia desconectado de suas raízes.

Space Raiders

Imagem: Taito

Space Raiders, um reboot de 2003 do clássico Space Invaders, é um caso clássico de tentativa falha de modernização. O jogo mudou para uma perspectiva de terceira pessoa, o que alterou drasticamente a jogabilidade.

Essa mudança, juntamente com gráficos subpar e design de níveis sem inspiração, resultou em um jogo que não apenas falhou em homenagear o original, mas também não ofereceu uma experiência nova e envolvente por si só.

Bionic Commando (2009)

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Bionic Commando, lançado em 2009, buscava modernizar a clássica série de jogos de plataforma dos anos 80, conhecida por seu gancho mecânico distintivo e a ausência de um pulo convencional. O reboot introduziu gráficos modernos e uma jogabilidade 3D, mas foi prejudicado por uma narrativa pouco convincente e decisões de design questionáveis.

O ponto mais criticado foi a história bizarra envolvendo a esposa do protagonista, que foi transformada em seu braço biônico. Este elemento narrativo foi considerado forçado e desconectado, distraindo da ação e diminuindo a imersão do jogo.

Turok (2008)

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O reboot de Turok em 2008 tentou revitalizar a série de jogos de tiro com temática de dinossauros, que alcançou grande sucesso nos anos 90, especialmente no console Nintendo 64. A nova versão procurou modernizar a série com gráficos avançados e uma abordagem mais sombria, mas acabou por alienar muitos fãs.

A troca da narrativa rica e dos cenários inspirados em uma dimensão alternativa por um cenário mais genérico e foco exagerado em ação genérica foi mal recebida. O charme único e o estilo de jogo inovador dos títulos anteriores foram substituídos por uma jogabilidade que muitos consideraram indistinta de outros shooters no mercado, fazendo com que o jogo perdesse seu destaque.

Saints Row (2022)

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O reboot de Saints Row tentou equilibrar elementos realistas e exagerados das versões anteriores, mas acabou não agradando a base de fãs. Com muitos bugs e personagens pouco carismáticos, o jogo perdeu a diversão, que é o principal atrativo da série, resultando em um reboot que perdeu completamente sua identidade.

Alone in the Dark (2008)

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Alone in the Dark, considerado um pioneiro dos jogos de terror de sobrevivência, viu seu reboot em 2008 falhar ao implementar novas mecânicas e alterar significativamente o ambiente do jogo. A mudança para ambientes urbanos amplos e o foco em combates diminuíram a atmosfera de terror, desviando do que fez o original ser memorável.

Leia mais:

Bomberman Act Zero

Imagem: Hudson Soft

Em uma tentativa de adaptar Bomberman aos tempos mais sombrios dos anos 2000, Bomberman Act Zero mudou drasticamente a estética e o tom do jogo, além de alterar a jogabilidade central. Essas mudanças não foram bem recebidas, mostrando que nem todas as franquias precisam de uma atualização sombria para permanecer relevantes.

Menção honrosa:

SpyHunter: Nowhere to Run

SpyHunter: Nowhere to Run foi uma tentativa de reboot da clássica série de jogos de ação e corrida que não conseguiu capturar ou expandir o apelo dos títulos originais.

Lançado em 2006, o jogo introduziu uma nova dinâmica com a adição de segmentos de combate a pé, protagonizados pelo ator Dwayne “The Rock” Johnson, que interpretou o personagem principal, Alex Decker.

Apesar desta novidade e da presença de uma estrela de cinema no elenco, o jogo recebeu críticas mistas a negativas, principalmente devido a seu gameplay inconsistente e a falhas no desenvolvimento dos elementos de ação fora do veículo.

Essas limitações impediram que SpyHunter: Nowhere to Run revitalizasse a franquia, resultando em um reboot que não atendeu às expectativas dos fãs nem expandiu significativamente sua base de jogadores.

Perfect Dark Zero

Perfect Dark Zero, lançado em 2005 para o Xbox 360, foi um ambicioso reboot da clássica franquia de tiro em primeira pessoa Perfect Dark, originalmente desenvolvida pela Rare para o Nintendo 64. Apesar das altas expectativas e do potencial de reviver a popularidade da série, Perfect Dark Zero não conseguiu alcançar o sucesso esperado.

Embora tenha apresentado gráficos avançados para a época e um modo multiplayer robusto, o jogo foi criticado por sua narrativa fraca, design de níveis inconsistente e mecânicas de jogo que não se destacaram em um mercado cada vez mais competitivo.

A tentativa de reiniciar a franquia não ressoou com os fãs do original, resultando em uma recepção mista e um impacto menor do que a Rare e os jogadores esperavam. Como resultado, Perfect Dark Zero não conseguiu revitalizar a série como um marco na indústria de jogos, ficando aquém das expectativas estabelecidas por seu predecessor.

Porque acontecem reboots?

A realização de reboots nos games é uma prática comum na indústria para revitalizar franquias que podem ter visto seu apelo diminuir ao longo do tempo ou para atualizá-las com a mais recente tecnologia e estética.

Reboots permitem que desenvolvedores reimaginem universos, personagens e narrativas, introduzindo-os a novas audiências ou oferecendo aos fãs antigos uma nova perspectiva ou experiência de jogo. Esses reboots frequentemente aproveitam os avanços tecnológicos para melhorar a jogabilidade, os gráficos e a imersão, tornando o jogo mais atraente no mercado contemporâneo.

Além disso, reboots podem corrigir falhas percebidas em títulos anteriores ou explorar temas e histórias que não foram adequadamente desenvolvidos anteriormente. Por fim, reboots também servem como uma estratégia de marketing eficaz para reacender o interesse em uma série, gerando novas vendas e potencialmente preparando o terreno para futuras sequências ou expansões.

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