8 franquias de jogos que estão totalmente conectados e você NÃO sabia

No vasto mundo dos videogames, a criação de universos compartilhados tem sido um movimento intrigante, embora menos comum do que no cinema.

Através de aquisições e fusões de desenvolvedoras, franquias anteriormente separadas começaram a se entrelaçar de maneiras fascinantes, criando narrativas interconectadas que enriquecem a experiência do jogador.

Doom, Wolfenstein e Quake

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Estas franquias, desenvolvidas pela id Software e mais tarde adquiridas pela ZeniMax Media, vão além de seus respectivos gêneros, compartilhando um universo que entrelaça as linhas do tempo e as narrativas de maneira sutil, porém profundamente intrigante.

Tudo começa com a linhagem dos Blazkowicz, personagens centrais que servem como um fio condutor entre os jogos.

O conceito de que o herói de Doom é descendente direto de B.J. Blazkowicz, o protagonista corajoso de Wolfenstein, não apenas cria um elo genealógico fascinante mas também adiciona uma camada de profundidade narrativa à ação frenética pela qual os jogos são conhecidos.

Em Quake Champions, essa conexão é celebrada ao reunir heróis desses universos em combates de arena, tornando-o um palco para essa reunião interdimensional.

Quake Champions desempenha um papel crucial ao “limpar” a lore e confirmar as teorias dos fãs sobre as conexões entre os jogos. Ao introduzir heróis de Doom, Wolfenstein e Quake no mesmo campo de batalha, o jogo não apenas oferece um ponto de encontro para esses personagens mas também serve como um testemunho da rica história que a id Software construiu ao longo dos anos.

Esta abordagem não apenas homenageia os legados individuais de cada franquia mas também proporciona uma experiência unificada que ressoa com os fãs de longa data e novos jogadores.

Remedyverso

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A Remedy Entertainment, conhecida por sua capacidade excepcional de contar histórias complexas e envolventes, tem habilmente tecido um universo compartilhado que interliga jogos como Alan Wake, Control e Max Payne.

A ligação entre Alan Wake e Control é talvez a mais explícita dentro do universo da Remedy. Em Control, referências a Bright Falls e eventos ocorridos em Alan Wake são classificados como “Altered World Events”, estabelecendo firmemente que os dois jogos coexistem no mesmo universo.

A DLC AWE de Control reforça essa conexão, trazendo Alan Wake diretamente para o enredo e estabelecendo um palco para futuras interações entre os personagens e elementos desses dois mundos.

Embora Max Payne possa parecer um pouco distante das conexões diretas vistas entre Alan Wake e Control, a influência do detetive atormentado é sentida através de referências sutis e a atmosfera sombria que permeia as obras da Remedy.

Alex Casey, o personagem fictício criado por Alan Wake, é um aceno para Max Payne, com ambos compartilhando temas de perda e vingança, além de serem personificações do estilo narrativo noir pelo qual a Remedy é conhecida.

Universo compartilhado da Rockstar

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A Rockstar Games tem um talento inegável para criar mundos vastos e imersivos, repletos de narrativas detalhadas e personagens memoráveis. Mas, além da superfície de cada jogo, existe um universo compartilhado sutilmente tecido que conecta franquias aparentemente distintas como GTA, Bully e Manhunt.

Grand Theft Auto serve como o eixo central em torno do qual o universo compartilhado da Rockstar gira. Com sua narrativa abrangente que satiriza a sociedade moderna, GTA incorpora referências a outros jogos da Rockstar de maneira sutil, como estações de rádio mencionando locais de Bully, ou personagens discutindo eventos reminiscentes de Manhunt.

Esses detalhes, embora pequenos, sugerem um mundo onde as linhas entre essas narrativas se cruzam. As referências a Bully dentro dos jogos GTA não apenas confirmam que estes universos coexistem, mas também adicionam camadas de profundidade à compreensão dos jogadores sobre o mundo em que estão imersos.

Manhunt, conhecido por sua atmosfera sombria e narrativa intensa, também encontra seu caminho nas tramas de outros jogos da Rockstar através de menções a Carcer City, o cenário de Manhunt, em GTA.

Universo de Tom Clancy

Imagem: Ubisoft

Os jogos de Tom Clancy, conhecidos por sua abordagem realista e detalhada ao combate tático e espionagem, formam um dos universos compartilhados mais intricados e envolventes no mundo dos videogames.

Desde as operações antiterroristas de Rainbow Six até as missões furtivas de Splinter Cell e as batalhas estratégicas de Ghost Recon, estes jogos tecem uma narrativa complexa onde as ações em um título reverberam através dos outros.

Personagens de Rainbow Six aparecem em missões de outros jogos, estabelecendo um elo contínuo entre as diversas franquias. As operações detalhadas e o planejamento meticuloso necessários em Rainbow Six servem como uma pedra angular para o realismo e a complexidade encontrados nos outros títulos de Tom Clancy.

Ghost Recon leva os jogadores a conflitos em larga escala, onde estratégias e táticas militares são exploradas em ambientes abertos. Referências a eventos e personagens de Rainbow Six e Splinter Cell não apenas enriquecem o lore, mas também reforçam a sensação de um mundo compartilhado em constante evolução.

Splinter Cell traz para o universo de Tom Clancy um elemento de espionagem e subterfúgio. Sam Fisher, o protagonista, já apareceu tanto em Ghost Recon como em Rainbow Six. Fora que já ocorreram eventos de jogos da saga Splinter Cell se entrelaçando com Ghost Recon.

Suas missões ocasionais com membros da equipe Rainbow Six ou contra adversários conhecidos de Ghost Recon exemplificam como as franquias se entrelaçam sutilmente.

Ninja Gaiden, Dead or Alive e Nioh

Imagem: Team Ninja

Os universos de Ninja Gaiden, Dead or Alive e Nioh, todos criados sob o estandarte da Team Ninja, tecem uma intrincada rede de conexões, cruzando caminhos de personagens e tramas que se entrelaçam através de gerações e dimensões.

A relação entre Ninja Gaiden e Dead or Alive é fundamentada na partilha de personagens icônicos, como Ryu Hayabusa, o super ninja protagonista de Ninja Gaiden, que também compete nos torneios de Dead or Alive.

Outros personagens, como Ayane, Kasumi e Momiji, atravessam ambas as séries, lutando contra forças sinistras em Ninja Gaiden e testando suas habilidades em combates mano a mano em Dead or Alive. Esta interação entre os mundos não só enriquece o desenvolvimento e a história dos personagens, mas também cria uma experiência mais coesa para os fãs das séries.

Embora Nioh possa parecer, à primeira vista, distante das tramas contemporâneas de Ninja Gaiden e Dead or Alive, sua ambientação no Japão feudal e a exploração do sobrenatural fornecem um pano de fundo histórico que ecoa através do lore compartilhado.

Personagens e entidades de Nioh, enriquecidos com profundidade histórica e mitológica, lançam luz sobre as origens de certas práticas e rivalidades vistas em Ninja Gaiden e Dead or Alive, oferecendo uma camada de profundidade narrativa que transcende o tempo.

Universo da Sabotage Studios

Imagem: Reprodução

Sabotage Studio, com sua destreza narrativa e design de jogo inovador, teceu uma tapeçaria complexa unindo The Messenger e Sea of Stars em um universo compartilhado que desafia as barreiras do tempo e do espaço.

The Messenger, com sua jogabilidade que alterna entre 8 e 16 bits, não é apenas uma homenagem aos clássicos jogos de plataforma, mas também a porta de entrada para um universo muito mais amplo.

Enquanto os jogadores navegam pelas aventuras de um jovem ninja em uma missão para entregar uma mensagem vital, eles inadvertidamente desvendam os fios de uma história que se estende muito além de sua própria jornada, tocando as estrelas.

Sea of Stars, por sua vez, leva os jogadores a uma era antes dos eventos de The Messenger, em uma época onde a magia e os poderes celestiais moldavam o mundo.

Este RPG de aventura prequela mergulha profundamente nas origens dos poderes e entidades que influenciam o universo compartilhado, lançando luz sobre a história e os mitos que The Messenger apenas começa a explorar.

O que realmente une The Messenger e Sea of Stars são os personagens, artefatos e lendas que aparecem em ambos os jogos, criando um diálogo entre passado e presente.

Referências cruzadas e easter eggs não apenas enriquecem a narrativa de cada título, mas também incentivam os jogadores a explorar cada canto desses mundos, em busca de segredos e compreensões mais profundas sobre o lore compartilhado.

Universo compartilhado da SNK

Imagem: SNK

A SNK é renomada por criar títulos que não apenas definiram gêneros, mas também deram vida a um universo compartilhado onde personagens de diferentes jogos interagem e colidem.

Desde os torneios de luta de The King of Fighters até as batalhas históricas de Samurai Shodown e as missões de ação de Metal Slug, este texto explora como a SNK teceu um tecido narrativo que abrange seus variados universos de jogo, oferecendo aos jogadores uma rica tapeçaria de histórias interligadas.

The King of Fighters é o coração pulsante do universo compartilhado da SNK, reunindo personagens de Fatal Fury, Art of Fighting, e mais em um torneio de luta que transcende o tempo e o espaço.

Enquanto Samurai Shodown oferece um olhar para o passado, com seus duelos de espadas ambientados em uma versão fantástica do Japão feudal, Metal Slug propõe uma aventura de ação frenética em um cenário de guerra moderno.

Embora possam parecer distintos, estes jogos compartilham ligação com o universo de KOF através de easter eggs, personagens convidados e referências que sugerem um mundo onde as linhas temporais e temáticas se entrelaçam de maneira criativa.

Jogos como Art of Fighting e Fatal Fury possuem oficialmente uma conexão de universo. O mesmo pode se dizer da franquias como Ikari Warriors e Metal Slug, ou Samurai Shodown e The Last Blade. Já tivemos conexões como histórias entrelaçadas ou participações canônicas de personagens em jogos um do outro.

Já The King of Fighters, por mais que tenha a reunião de personagens de todas essas franquias, no final é considerado uma continuidade separada. Porém, é uma continuidade onde eventos dos jogos originais aconteceram, só que de formas diferentes. Sendo assim, mesmo sendo outra continuidade, mesmo assim podemos considerar parte de um universo compartilhado.

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Universo compartilhado da Capcom

Imagem: Capcom

Talvez o universo compartilhado mais reconhecido de todos seja esse. Um universo que engloba, principalmente, alguns dos principais jogos de luta da Capcom, como Street Fighter, Rival Schools e Darkstalkers.

A conexão mais concreta é entre Street Fighter e Final Fight, já que personagens de Final Fight aparecem em jogos da saga Street Fighter, seja como NPCs ou personagens jogáveis. Outra conexão é entre Street Fighter e Rival Schools, já que a personagem Sakura aparece em Rival Schools e, posteriormente, a personagem Akira apareceu no Street Fighter V.

O database de Street Fighter V também serviu para canonizar muitos outros jogos da Capcom dentro desse universo. Jogos como, por exemplo, Pirate Ship Higemaru e Cannon Spike. Pirate Ship Higemaru, por outro lado, trás uma leve conexão com a franquia Ghost ‘n’ Goblins, o que trás mais um elemento a essa teia.

Ainda no Street Fighter V, o personagem Zeku estabeleceu uma conexão também com Strider, dando a entender que a organização Strider surgiria a partir daquele eventos. Street Fighter 6 também estabelece algumas conexões sutis, trazendo referências a, por exemplo, Breath of Fire.

Além disso, Final Fight também estabelece conexão com jogos como Slam Masters, já que Mike Haggar aparece lá antes de se tornar prefeito de Metro City. E falando na cidade, o clássico Captain Commando se passa em Metro City, porém no futuro.

Existem várias outras ligações que, se nos apegarmos a detalhes, traria pra equação até mesmo jogos como Resident Evil e Mega Man. Considerando isso, a Capcom pode ter em mãos um dos, senão o maior universo compartilhado do mundo dos games.

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