Os maiores flops da história dos games

A indústria dos videogames é marcada por sucessos estrondosos que definem gerações, mas também por fracassos notáveis que servem como lições duras para desenvolvedores e editoras. Alguns desses flops se tornaram lendas por si só, oferecendo insights valiosos sobre o que não fazer no competitivo mercado de jogos eletrônicos.

Anthem

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Anthem, lançado em 2019 pela BioWare e EA, prometia uma aventura épica em um vasto mundo aberto com exoesqueletos personalizáveis. No entanto, o jogo sofreu com críticas negativas devido a bugs, falta de conteúdo e problemas de design. Apesar dos planos iniciais de reformulação, a BioWare anunciou em 2021 que estaria encerrando o desenvolvimento de novos conteúdos para Anthem, marcando um fim precoce para o projeto.

Cyberpunk 2077

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Cyberpunk 2077, desenvolvido pela CD Projekt Red, era um dos jogos mais aguardados de 2020, prometendo uma imersão sem precedentes em um mundo futurista e vibrante. Contudo, seu lançamento foi marcado por problemas técnicos severos, especialmente nas versões para consoles da geração anterior, levando a um pedido público de desculpas e a oferecimento de reembolsos (algo que, até hoje, vou um momento único dentro do ecossistema do PlayStation). Desde então, a CD Projekt Red tem trabalhado arduamente para corrigir os problemas, e Cyberpunk 2077 recebeu várias atualizações importantes que melhoraram significativamente a experiência de jogo. Hoje em dia Cyberpunk 2077 deu a volta por cima e se tornou um dos jogos mais amados da atualidade. Mas até essa reviravolta acontecer, muito suor teve de ser derramado.

Final Fantasy XIV

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Diferentemente de muitos casos, a história de Final Fantasy XIV é uma de virada triunfal. Seu lançamento em 2010 foi recebido com críticas duras por problemas de jogabilidade, desempenho e design. Para muitos, Final Fantasy XIV era simplesmente injogável. Reconhecendo os erros, a Square Enix tomou a decisão sem precedentes de recriar completamente o jogo. Sim, eles mataram Final Fantasy XIV e refizeram o game do completo zero. Lançado em 2013 como Final Fantasy XIV: A Realm Reborn, o MMORPG renasceu das cinzas e se tornou um dos títulos mais amados e bem-sucedidos do gênero.

Virtual Boy

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Lançado em 1995, o Virtual Boy foi uma tentativa da Nintendo de explorar o território da realidade virtual. No entanto, isso causou uma combinação de problemas. Principalmente envolvendo a saúde dos jogadores associados ao uso do dispositivo, que além que ser extremamente desconfortável de ser usado, causando até mesmo dores nas costas aos usuários, sua tela exibia apenas as cores vermelha e preta, o que causou náuseas e outros problemas de saúde mais graves em algumas pessoas. Fora isso, o console também teve um alto preço e uma biblioteca limitada de jogos. Por conta disso, o Virtual Boy teve uma vida curta no mercado. Sua falha serviu como um lembrete precoce de que a inovação tecnológica necessita estar alinhada com a usabilidade e a demanda do consumidor.

The Stomping Land

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The Stomping Land, um jogo de sobrevivência em um mundo de dinossauros, capturou a imaginação de muitos quando foi anunciado. Após uma campanha de Kickstarter bem-sucedida em 2013, as expectativas eram altas. No entanto, após um lançamento precoce e problemático em acesso antecipado, o desenvolvimento estagnou, e o jogo foi eventualmente abandonado. O desenvolvedor simplesmente pegou a grana e sumiu do mapa, sem deixar rastros, deixando apoiadores e jogadores frustrados e sem reembolsos.

Duke Nukem Forever

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Anunciado originalmente em 1997, Duke Nukem Forever se tornou sinônimo de desenvolvimento prolongado, passando por várias equipes, engines, gerações e promessas não cumpridas antes de seu lançamento em 2011. Apesar da antecipação, o jogo foi criticado por gráficos datados, humor questionável e mecânicas ultrapassadas, não conseguindo reviver o charme do original e servindo como um exemplo clássico de como o hype prolongado pode prejudicar um produto.

O desastre que foi o lançamento de Duke Nukem Forever foi tanto, que a franquia Duke Nukem nunca mais ganhou um novo título desde então.

Nintendo Wii U

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Lançado em 2012, o Wii U era o sucessor do tremendamente popular Nintendo Wii. No entanto, o console lutou para encontrar seu lugar no mercado, em parte devido à confusão sobre sua natureza como um novo console. Isso porque muitos pensavam que o Wii U era, simplesmente, uma atualização do Wii, além de um marketing inadequado. A falta de suporte de títulos third-party e a competição acirrada do PlayStation 4 e Xbox One também contribuíram para suas vendas desapontadoras. Apesar de ter uma biblioteca de jogos exclusivos elogiada, o Wii U é frequentemente visto como um passo em falso para a Nintendo, embora tenha servido como um trampolim conceitual para o sucesso do Nintendo Switch.

PS Vita

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O PS Vita foi lançado pela Sony em 2011 com a promessa de oferecer uma experiência de jogo de console em uma plataforma portátil. Com hardware impressionante e recursos inovadores, o Vita tinha um grande potencial, mas sofreu com o alto preço, a falta de suporte significativo de jogos exclusivos e a concorrência com dispositivos móveis cada vez mais poderosos. Embora tenha uma base de fãs dedicada, especialmente entre os amantes de jogos indie e títulos japoneses, o Vita nunca alcançou o sucesso comercial esperado, levando a Sony a se afastar gradualmente do mercado de portáteis.

The Day Before

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The Day Before emergiu como um dos jogos mais esperados, prometido como um MMO de sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico cheio de zumbis. No entanto, após um hype significativo construído através de trailers e promessas ambiciosas, o jogo enfrentou vários adiamentos, culminando em um atraso indefinido e questões sobre a legitimidade do projeto. Quando finalmente foi lançado, o jogo não foi nem metade do que foi prometido. E para piorar, apenas 4 dias depois de seu lançamento, a desenvolvedora declarou o jogo como um fracasso e simplesmente descontinuou seu suporte. Isso levantou muitos questionamentos, até mesmo levando a acusações de golpe. Pouco tempo depois, os servidores do jogo foram fechados, e agora The Day Before simplesmente não existe mais.

Alien: Colonial Marines

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Lançado em 2013, Alien: Colonial Marines pretendia ser um título imersivo baseado na popular franquia de filmes Alien. No entanto, o jogo foi criticado por seus gráficos de baixa qualidade, IA ineficaz dos inimigos e uma narrativa fraca, que não conseguiu capturar a essência tensa e aterrorizante dos filmes. A discrepância entre as demonstrações promocionais pré-lançamento e o produto final gerou acusações de publicidade enganosa, manchando a reputação da desenvolvedora Gearbox Software e levantando questões sobre práticas éticas na indústria.

Daikatana

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Daikatana, criado por John Romero e lançado no ano 2000, sofreu de um desenvolvimento tumultuado, incluindo múltiplos atrasos e mudanças na equipe de desenvolvimento. O jogo também deve uma campanha de marketing agressiva que prometia revolucionar o gênero de shooters em primeira pessoa, e isso também foi alvo de polêmicas. Principalmente porque, em meio a essas campanhas promocionais, eles afirmavam que “esse jogo vai você você ser a put****a do John Romero”. Nem é preciso dizer que isso foi considerado extremamente ofensivo e foi prejudicou muito a imagem tanto de John Romero como do jogo. No final, Daikatana foi amplamente criticado por seu design pobre, IA problemática e gráficos datados. John Romero era considerado uma estrela da indústria, mas o sucesso subiu à cabeça, e esse fracasso prejudicou permanentemente a sua carreira.

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E.T. the Extra-Terrestrial

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Considerado um dos maiores fracassos da história dos videogames, E.T. the Extra-Terrestrial para o Atari 2600 foi desenvolvido em um prazo apertadíssimo de cinco semanas para coincidir com o Natal de 1982. O resultado foi um jogo quase ininteligível, com objetivos confusos e uma jogabilidade frustrante. As vendas desastrosas de E.T. são frequentemente citadas como uma das principais causas do crash dos videogames de 1983, levando a milhões de cartuchos não vendidos sendo enterrados em um aterro no Novo México.

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